terça-feira, 12 de abril de 2011

É preciso coragem

Momento musical: "Quando os dias são só datas nos jornais, E horas e minutos são iguais, E seus amigos não te dizem nada demais. Quando tudo vira um enorme tanto faz.  É preciso coragem Pra recuperar seu instinto selvagem  E não importa quantos vão se machucar Não importa quantos vão te escutar Pode esperar que vai chegar a sua vez Nada no mundo vale o que você me fez Eu não preciso gritar só pra você me ver Eu não quero mudar só pra te merecer" (Instinto selvagem - capital inicial)

Se eu digo a verdade, machuca. Se eu minto, tudo bem.
Nao pode ser assim. Sabe tipo: me magoe com a pior verdade, mas nao me iluda com a melhor mentira?
Eu sou assim. Prefiro falar cara a cara o que sinto, sou uma mutante. Mas a essencia nao muda. Muda o cabelo, a roupa, o corpo (8kg a menos!), os gestos, manias, muda quase tudo. Menos o sentimento. Por mais que a gente tente mandar no coração ele é um adolescente rebelde. E como sofre a toa. Tadinho. A gente avisa: Não faça isso, nao se iluda, nao acredite.... E instantes depois ta la ele.... Batendo de emoção.... E depois, chora, e doi, e fica todo apertadinho.
Mas tudo na vida tem seu jeitinho brasileiro neh... E então eu crio coragem... Digo... E la se vão esperanças, sonhos, medos pelo ar... Por mais que eu tente consertar, acabo sempre piorando a situação. Nao existe um meio termo. Não para a nathaly...
E acabo sempre aqui. Sozinha em meu quarto escuro, como dizia antes meu anjo, chorando. Sempre sozinha por medo de sentimentos.
Medo mesmo, eu tenho de mim. Será que sou tao imatura? Tao ruim? Tao mimada?
Quero tao pouco. Quero detalhes, emoção  e blablabla como sempre falo...
Falta-me ambição, acredito. Falta tudo quase. Sou como uma criança. Quando algo nao sai do meu jeito, sento e faço bico. E isso que pensa de mim?
Hoje (só pra varias neh) estou melancolica. Em abundancia, diria.
Sinto um no na garganta, como se estivesse com uma gravata abertada (imagino), uma secura na boca. Coração palpitando, calor, muito calor. E uma grande dose de mau-humor misturado com decepção.
Acho que eh anfepramona d+... E bromazepan d-... kkkk
Ela disse que sumiria, eu que nao quis acreditar... Ainda a vejo, dificilmente, passando pela janela, com seu charuto... Porem nao mais veio me fazer companhia. Sinto falta dos conselhos de minha amiga Insonia. Mas ela disse que renunciaria a mim. E eu ri.
Agora fico aqui, sem ter com quem conversar e a ponto de enlouquecer.

Se eu perguntar, vc se sentira obrigado a me responder? E se eu forçar, vc nao sabera explicar. e se explicar, ira me magoar. Eu sei. Mesmo assim pergunto. E, sem pestanejar, ele responde. Responde sabendo que fere. Não tem explicação. Eu sei. e eu sabia a resposta. Nao queria perguntar. Mas era necessário. Meu coração precisava dessas palavras. Chorei. silencio. Nem um abraço. Nada. Vazio. A dor aumentava a cada intante... E nada.... Não existe meio termo sabe. Ou é ou nao é. Ou se corre junto, lado a lado, ou nem tenta. ou apoia, ajuda, compreende, ou desencana. Num da pra ser mais ou menos. "só vou perguntar por que voce se foi, se sabia que haveria uma distancia, e que na distancia a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto.  E ESQUECE SABENDO QUE ESTA ESQUECENDO"

Abaixo, trechinho de Martha Medeiros que eu amo!, para varia um pouco:
"Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo."


-> dizer o que mais? Nada. Isso é tudo que eu sempre quis dizer.

E agora, voce?

Nenhum comentário:

Postar um comentário